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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Póstumo Pienet


E eu acreditava que "Viver é estar nos mais altos patamares de mansidão!" - Confuso Pienet.

E então eu atingi meu objetivo solene. Não diligencio por Mansidão. Ela me alcançou, eu estendi a mão e estamos juntos agora.

Poucos acreditariam em como foi. Poucos acreditariam em toda a passagem que fiz para chegar aqui, onde estou, onde escrevo minhas obras póstumas. 

Não existe rascunho algum na Terra de onde vim. Não existem palavras minhas sequer a serem publicadas. Comigo levei todo o meu arquivo e é daqui que escrevo.

"Minhas palavras descansam em algum riacho de cores vivas. Meu pensar implora por descanso, mas não posso fazê-lo. Preciso dele todos os dias. Meu arquivo, minhas palavras e meu pensar se tornaram o que gosto de chamar de escape. Posso afirmar que a vida sem estes é inimaginável ultimamente." -Confuso Pienet

Oh, vida! Mas, que vida? Ah, sim.... a vida. Não pulsa minhas artérias, não me dá fôlego para respirar. Só permaneceu vagando pelo mundo, quando se separou de um corpo jogado em uma escrivaninha. Um tinteiro sobre a cabeça e uma pena na mão esquerda do canhoto Pienet.

Antigamente falava eu da minha confusa forma de compreender o mundo. Agora compreendo da forma mais clara o mundo que estou agora. Mundo dos mortos? O Hades de minha vida?
Tinha medo do que minha boca, da qual eu perdi todo o controle enquanto vivo, pudesse dizer as pessoas e aos membros da minha família. Morto, tenho todo o controle da minha boca. E, se alguma criatura divina me concedeu essa capacidade novamente, é para me explicar que a usarei. Tenho tanto para contar, tanto para escrever... O morto que vos fala está pronto para reviver as memórias passadas.

Pienet

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