Culpo o tempo, por não ter voltado
Ele deixou marcas, apagáveis, porém
Que ousam aprisionar a minha paz
Todas as noites, a minha cabeça
Não para em pensamentos sãos
Ela é invadida pelo ódio criado
Pelo fragmento temporário.
Algumas dores que haviam em mim
Eram maiores, mas não tão devastadoras
Mas em mim, cumpre-se agora
Através de pequenas feridas
A destruição da minha alma
Queria dizer à mim mesmo
Que todos estão lamentando
Sangrando e chorando
Porém, mais uma vez estou sozinho
Penalizado pelas minhas inconveniências
Apenas eu gritando, perdendo minha vida
Por aqueles que feriram, e me destruíram
Estou paralisado, com medo de abrir os olhos
Em pleno escuro, paralisado por trevas mortais.
Eu sei, eu me acorrentei também, criei laços
Eu mesmo, subi aos céus, disse blasfêmias
Não era eu digno de ter o que sonhava
E sei, ainda não sou
E sei, ainda não sou
Mas ah sim... Você sabe, não sou o único.
E pare você com suas mentiras!
Estou sozinho a gritar
Sem ninguém para exprimir meus gritos
Para me afastar dos meus medos
Me acalentar, e secar minhas lágrimas
Produzidas de um orvalho interior
Consumida pelo negrume dos tempos
Que ainda corre, e não ousa parar
Para mim.
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