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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Clama Tenebris


Eu visitei uma floresta
Por detrás de uma porta negra
Uma floresta devastada
Onde habitava os meus sonhos
Decidi plantar uma semente
Dela conjecturei frutos da vida
Onde querubins se projetariam
Para protege-la

Eu sei recebi promessas, mas olhe as minhas mãos
Foram todas praguejadas, e agora estou sem forças
Estou esgotado, de olhar para aquela pequena cabeça
Com silmarillis em sua coroa, tão distante.
Distante!

Como se eu fosse um deus,
Porque eu queria, o que um humano...

Não poderia ter


E por mais que eu fosse erudito, e soubesse que;
Isso devastaria mais ainda meus sonhos
Eu disse à mim mesmo: "não sabes".
Sempre desesperançoso, matando aos poucos
Eu mudei, eu depositei toda a esperança guardada em mim

E agora, abri aquela porta mais uma vez,
não reconhecia a floresta que havia em mim
Eram brotos de terra queimando
Queimando sonhos não cultivados
Eu chorei por muito tempo, esperançoso 
Que esse mundo fosse fantasioso, um lugar
Onde minhas lágrimas curariam à terra
Queria dizer que tudo é como uma utopia
Uma enteléquia aos meus olhos

Mas quando voltei de lá, vi, eu só perdi mais.
Agora estou perdido em alto mar, um mar dúbio
Velejando em navios sombrios, indecoroso
Quão bela era essa floresta, quando eu era criança
Cheia de fantasias que até hoje me encantam
Um mundo sem gravidade.

Queria outra vez saber imaginar voar
Mas estou quebrantado por um mundo vago
Estou vagueando em mim mesmo
Procurando se há no mar correntes telúricas
Que deem adrenalina ao meu espírito, já em leito de morte. 

Apesar de querer uma adaga, que matasse à esse lugar
Não nego, sou tentado por meus maus desejos
Meu coração clama muito mais por pertencer à esse lugar
Que criei, matei,
que nunca viveu.

Eu sei de algum modo, se olhasse para mim
Seus olhos acenderiam uma extensa fogueira
Que derreteria a floresta de extensas montanhas de gelo
Sei, suas mãos não apenas cicatrizariam, mas curariam
Mas de tanto saber, eu não quero saber mais.
Quero fugir, e correr desse barco
Mas, e se eu deixar os outros

Eu estou perdido em mim mesmo.

-



Porém, agora tive um devaneio, eu percebi
Você tem de correr, eu devo me sentar nesse navio.
Leve de mim todas essas trevas
Deixe-me aqui, sozinho, porém
Com quem nunca me deixará só.

Diga adeus, diga algo
Que meus sonhos todos sejam consumados
Mas DESTRUA esse silêncio.

Eu virei de cabeça para baixo
Velejo de cabeça para baixo
Em uma mar apontado para mim
Pequena goteja de desespero caindo do navio,
pesa mais a cada gota na minha testa
Sempre miras no mesmo lugar
Se tornas mais pesada do que todo o mundo sobre minha cabeça
Engordure meu conhecimento de vãs poesias
para que tudo, tudo doa mais, para que tudo
tudo, seja refletido outra vez!

Queria não ser inseguro, queria que a procrastinação
Fizesse-me não acreditar nos sonhos, mas penso em tudo,
tudo antes da hora.

Mas essa concupiscência que habita em
mim tira o apogeu dos meus contos.

2 comentários:

  1. gostei demais *---*
    essa parte ''Engordure meu conhecimento de vãs poesias
    para que tudo, tudo doa mais, para que tudo
    tudo, seja refletido outra vez!'' resume bem o que acho q vc queria passar

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  2. Profundo poema. Mesmo sabendo do que se trata, ele pode ser lido de qualquer outra forma.

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