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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Mémoires d'un disque


Ele pega o mesmo disco corroído
Um disco destruído, expondo;
Orifícios criados pelo tempo
Uma agulha acaricia o disco
O som dele, invade aquele senhor

E mesmo sem ar, ele acende seu cigarro
Que estava acima de seus contos de maladia
Ele fora deixado, a mercê de suas próprias cicatrizes,
Todas ele coçava com seu cigarro, para sentir algo

Os óculos que estão sobre o nariz
Não podem dissimular as lágrimas.
Sua mão sobre a boca
Não pode segurar seus soluços

Ele senta de lado, se sufoca com 
A própria língua, ele se sentou, 
Olhando as luzes do trânsito
O vermelho estingue a fenda
Que o verde inflama. 

Sua mente o arrebata
Ele é levado para o início
Quando ele não era tão verdadeiro
Consigo mesmo, quando ele
Olhava para dores, e sorria
E cantava para ela

Ele estava embevecido
Por ainda guardar aqueles olhos azuis
Que eram como um eclipse para a verdade
Os olhos azuis de uma mulher
Que nunca mais olhou aquela face
Velha, já corrompida

Ele cansado de talar sua face
Até não ter mais onde
Achar erros que ele mesmo causou, ele se achou puro
O fato de estar tão sobrecarregado
Tirou dele o peso

Quando ele se cansou de fugir daqueles olhos
Ele parou para recuperar o fôlego 
As suas palavras atingiram os ouvidos daquele senhor
E pela primeira vez dormiu
Porque só os erros o mantinha acordado

O disco corrompido, era sua face
Sendo tocada, em uma agulha estranha
Ele não sentia mais nada
Ele dormia agora, porém, o disco não
Ele dormia eternamente, e o disco
Não.

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