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sábado, 5 de maio de 2012

My life would...

_ Amor, doce amor, ligue a caixa de música, coloque aquele disco que costumávamos ouvir abraçados, vista aquele vestido vermelho, passe de novo aquele batom, não se importe com essa sua boca murcha, ainda me lembro, de ser um jovem meigo, desnorteado ao ver sua beleza.
_ É agora que bate na minha porta? Feche os olhos querido!

Eu me sentei na cadeira,
Esperando sua resposta
Até afundar o chão, não via o tempo passar
Imaginar estar com você, preenchia
O espaço... Preenchia
O tempo!

Nossas lágrimas eram gotejas de outubro,
Eram folhas que estavam mesmo para cair,
Esperando serem brotadas novas.

Vê o meu vestido vermelho?
Ele passa, ele perdeu suas linhas
Sabe, querido, a maturidade, é a reflexão...
Da falta dela!

Porque bate na minha porta?
Acaso está no leito de morte? Sozinho?
Por favor, não mate o seu orgulho.
Morra com ele.

Ainda ouço aqueles acordes mortos,
Aquelas velhas músicas que tocávamos
Eu não tenho o que dizer
Não tenho o que fazer
Somos apenas vultos, não

Droga alucinógena,
Me levava a um mundo de cores
Tirava de mim a sanidade
Eu abandonava o medo, seguia o mistério
Afinal, não é assim que o amor funciona.

Descobri, depois que me abandonou na cadeira
Que a liberdade, não é viver, como dizia
Era dizer: não! Sabe, o seu amor foi preenchido
Pela minha arte, vê minha casa, abarrotada de quadros?
São todos reflexos do seu amor. Você se dizia livre
Viveu suas aventuras, mas nunca foi livre de mim
Nunca disse não, agora, no seu leito de morte,
Renega ao seu orgulho.
Mate logo essa abnegação com você.
Hoje eu sou livre pequena flor... Não!

Sabe, tocarei essa música, e dançarei sozinha
Acompanhada pela solidão, a que me abraçou
Durante a sua liberdade momentânea
Que proveito se tira da dor afinal? São as experiências?
NÃO! A dor, não é nada mais, do que a vantagem!

_ Mas querida, eu nunca te abandonei, eu queria viver, hoje volto para você, afinal, o nosso amor não era eterno?

_ Querido, tudo precisa de raízes, mas se não cuidada, a flor murcha. Não vê? Suas escolhas estão nas entrelinhas, se é eterno, por que fez essa troca injusta pela liberdade? Se quisesse liberdade, permaneceria comigo, e diria não a vida, e sim ao que sentia ser eterno. Mate esse orgulho com você logo, eu não te amo mais, o que era eterno, se tornou lembrança, afinal, nem a sua liberdade é eterna. Querido... Abra os olhos, e veja, meus lábios, minha feição, ela mudou, assim como as coisas ao nosso redor, você não me reconhece mais, você é apaixonada por aquela jovem, não me viu amadurecer, não me viu pintar, não me viu me tornar o que sou, aquilo, era só uma parte de mim, um vulto. O tempo é pesado, o tempo é passageiro e eterno, o tempo é infragmentado, porém, é um fragmento.







"Mais um momento, vejo um amor meu ser morto, sabe, aprendi com o tempo, de que me alimentei das coisas certas, de que me aprofundei nos desejos certos, tudo o que coloquei sobre minhas costas, eram pesos maliciosos, feitos para que eu carregasse para os outros, empurro eles em mim mesmo, bebo a sanidade, visto meu vestido mais belo, e danço com os meus quadros, porque, a solidão, é a liberdade, é o preço, porém, o pagamento"

2 comentários:

  1. Um ótimo texto pra ler quando você esta com várias decepções, amores, insegurança, problemas, arrependimentos, enfim... muito bom pra pensar sobre. Me identifiquei

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  2. caaaara, como o Matti falou mesmo. parece q fui eu q escrevi isso :OOO
    parabéns vini

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