Blogroll

About

Blogger news

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Permanecemos


Me lembro dos nossos passos receosos
Que tinham medo do que iriam encontrar por trás daquela máscara de medo,
de uma menina fragilizada por seus problemas
Me lembro de quando nossos passos eram pequenos,
Nossas palavras eram todas guardadas.



Mas os primeiros passos levaram a tantos novos,
Nos afundamos em um poço também, para que tirássemos
Aquele rosto pintado por cinzas dos pais.
Mas nessa viagem que fomos colocados,
nos encontramos, e nos deparamos.
Fomos nós feitos para aquele lugar
Nefasta a hora que nos perdemos
Mas estamos voltando para onde começamos



Iremos vencer o que nos foi proposto,
porque mais do que palavras, mais do que promessas
O que não mente, e nem se arrepende
Nos disse que venceremos!



Somos todos irmãos, porém mais do que isso,
amigos, desejamos um ao outro, que outrora
nos encontremos dando graças, com quem pedimos

Misericórdia!


Os passos vãos das juventudes, 
não passaram por nós, permanecemos firmes,
por mais que tropeçamos algumas vezes.
Não vê? As trevas acabaram.
"E disse Deus; que haja luz, e houve cruz!"



Erguemos-nos, a hora nefasta se deu por passada
Estamos erguidos, permanecemos erguidos
a solidão, foi um passamento vil
A destruição, um plano maligno, mas mesmo com isso
Permanecemos, porque vencemos.



Depois de tanta encheção de saco - Para Camila Lima

sábado, 26 de maio de 2012

Vidar


Abrace-me desejo
Corrompa-me, faça que minha carne esqueça meu espírito
Conecte-me ao pecado, e deslace tudo o que criei com o puro
Traga-me esses vinhos que guardo a tanto tempo,
e vista-me para que eu não me sinta vazio.

Jogue essa rosa em mim
Para que toda a que descende de Eva clame por seus maus desejos,
quando passe por mim.
Corte a mim mesmo com suas asas, para que seja eu um guerreiro

Morda meus lábios com sua bebida mais quente
Para que eu volte para casa,
Então, tenha prazer por uma noite, para que;
no outro dia, esse vazio bata mais forte ainda

Porque eu ainda tenho uma queixa
Porque nem o cabelo mais tocante,
as mãos mais finas,
o corpo mais desenhado
Tira a queixa de que estás morta!

O amor é apenas uma conduíte para a dor
Estamos todos enjaulados, sabendo que tudo
O que é cuidado de mais, é destruído aos poucos
Até que sejamos amordaçados, e amarrados
Almejando a morte, para que as amarras,
não nos machuque mais.

E sei que só serei completo, quando não leres minha mente
E os vermes comerem tudo o que sou
Aí sim, me sentirei abraçado.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Indutiae - Nada

"Minha alma explode, porque ela não pode correr, ela vive presa em laços que não podem ser soltos, ainda me recordo do futuro, quando fou(sic) viver trancado, porém, com a chave em mãos."


Nada
Em esquinas, se vende mercadorias avulsas
Compras inadequadas, mentiras arrojadas
Contos de tristeza, mentiras profundas

Tudo não tem valor moral
Se trata de uma troca de malas
Uma transição como seita
Segredos inimagináveis

Mas uma criança é levada por um senhor,
a criança que nada suspeita;
Levanta seus pés até a ponta
para que possa ver o que tem por trás do balcão
Com um grito se afasta,
ele vê cabeças sangrando

Aquela atmosfera feliz, de primeira impressão
Era de longe, um dos lugares mais felizes
Que já visitara com seu senhor
Aquele lugar, onde todos saiam satisfeitos
Mas sua imaturidade, o impediu de ver;
que suas cortinas vermelhas,
são emendas de veias sangrando.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

The Obsessive Devotion

Todos gritam, não sou capaz de ouvir minha voz
Minhas palavras são ruídos em meio a tanta gritaria
Cada um com suas pedras emendadas prontas para me atingirem
Venham à deblatera
Venham seus monstros, acendam as tochas
Seus tridentes afiados pela língua perversa da rainha mãe.

Agora que banido, machucado, queimado,
fecho meus olhos, entro em meu guarda-roupa
Me deparo com um lampião sorridente, pedindo para que eu siga as veredas
Uma jornada, em que minha vida era necessária
Tomei por feitas, as minhas aventuras.

Quando voltando para casa, me deparei com um sepulcro caiado
Ele levava um monumento de um leão, eu olhava aquela bela escultura
E quando me deparei com aquele belo poema, em que, o que finge ter vida
É na verdade a morte, vi um leão pulando para a fora do sepulcro,
aquilo não era mais uma ironia, dentro da vida da terra, havia vida
O leão limpando minhas lágrimas, e disse:
"Filho, olho em seus olhos, e não vejo rancor, só vejo um desejo de ser o que sempre desejou, isso te impediu de se aproximar de algumas pessoas, isso te destruiu, mas não te torna errado, falho mesmo foi quem te puniu, você ingere uma morfina espiritual nas suas lembranças, e seu rancor é consigo mesmo, mas saiba que meu sopro permanece em ti, perdoe a si mesmo!"

"Porque me vigias? Porque essas câmeras ao meu redor? Porque os meus paços estão desenhados? Porque minhas mãos estão atadas? Porque essas amarras estão aqui? Porque não posso sair.

Adeus! Não me prives da verdade, INSANA, és você quem guarda a chave, me amamentou com mentiras, me prendeu em suas teias flácidas, saia daqui, leve seus planos, sua cabeça vai rolar, rolar, decapitação, decapitaremos suas ideias frívolas."

Gavinha, Submeta a Fixação

Gavinha, Submeta a Fixação


Por toda delicadeza, submeta a fixação
Por todo o cuidado, eleve meu amor 
Em toda sua pureza, agarre-se a flor pulsante
Eu te estudei. Tomei por toda ciência
Mas agora aceite meu pedido:

Agarre-a, a flor pulsante.
Esta está tudo, menos clorofilada 
Morre por meus incessantes instantes
e perdeu regeneração para todo o Sempre.

Espinhos do doloroso Sempre
Estiveram por aqui, abrindo-me
expandindo-me. Forçando-me.
Escancarando 
Toda e qualquer carcaça esquelética

Xilopódio impuro, desnutrido,
pobre de conteúdo e sem valor!
Lá de baixo está inchado .
Um Pinel um dia visitou tal flor
Acariciou, regou com toda malícia
com as águas nunca antes filtradas.

Era Nivoso. Estavas lá, mas não o recorda. 
Filtrou em mim, e teve de mim.

Este é o novo plano. O som de silvos
agora não passam de nada além de mal pressentimento.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Moonlight Sonata

Sozinho, acendo outra vez
Cigarros a luz da lua
Fumo todo o meu ar
Me derreto no ténue da noite
Me deleito nos compassos da luz da lua

Rejeitado, bebo outra vez
Vinhos a luz da lua
Bebo toda minha saliva
Me congelo no meu riso frívolo
Me deito nos compassos da lua

Sou molestado em praça pública
Enquanto tenho devaneios
Sou jogado mais uma vez
No meu próprio sangue
E vivo para Anjos e Vênus
Na luz da lua.

Na minha levianidade
Faço minha mais nova música
Na luz da lua
Leve me embora!




Peça 1 - Tenura

Peça - Teneritudine

Ele anda cambaleando pelas ruas
Cheira ao conhaque mais antigo do estoque
Não se agrada de nada
Em tudo tem de se assoberbar e fazer suas reclamações
Ele tem de fazer suas poesias
Mas nem os mais belos lírios
São capazes de agradar sua crítica

Ele tem prazer no choro
Ele é duro de mais para se preocupar
A morte é só outra coisa defeituosa
"Requiem" queima seus ouvidos de porcelana
Mas ele ainda sim, bebe o conhaque mais pobre.

Pobre noite, em que derramei morte em seu conhaque
Oh como o mundo é belo, quando sua respiração não existe mais
Beba sua última bebida, reclame uma última vez
Será breve, breve sua ida.

"Oh, que devaneio tive eu, estou sentindo cheiro de morte, agora vejo, quão sou hipócrita, para manter minha vida assim, estou apenas sozinho com o meu conhaque!"

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Am I Dead?

Eu não me iludo mais, as dores que vivi, ah que tristes foram, merece lamento eterno. Agora vejo a minha  concupiscência da dor, provém de uma demonização que há em mim, de lamentar o choro do choro, de permanecer com as circunstâncias já inexistentes.
 _Matarei esse lamento eterno em mim!
Afinal não há dor que não se cure, o tempo goteja a memória, mas porém, vejo eu, que existe algo em mim, que derrete todo o sofrimento. Eu busco me vangloriar pela dor, mas porém, agora vejo eu, que os alicerces da Terra, permanecem firme, ainda há ar que se respire, e sou eu capaz de ver o dia nascer, sou eu um mendigo ingrato, por ter ganho tudo, e me viciado em drogas, que me destroem, estava carregando pesos, quais não era capaz de carregar mais! Estou morto, subitamente morto, por mim mesmo.
Deem conta, de que, quando saímos da luz, e vamos para as trevas, quão grande trevas serão, mas me aproximo da eterna luz de uma face gloriosa!
 _Amor, pare de chorar, volte para a cama, seu choro é sem motivo!
Saciava por pena, mas essa pena, agora, se materializou, coloco-a na tinta, e escrevo os meus poemas, de alguns momentos... De prazer.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cesura do Naipe Spalla

Cesura do Naipe Spalla




Símbolos sobre o chão, a clave o significou
Este sofre no labor, tomou o arco e imprimiu
Na madeira é, de belo refino próprio
Viloso a voluta, a voluta está suada.


Seus pesares ali, fazem o dedo dançar
MiLáRéSol, e não quer palavrear
Promessas a si, nem hesita ao noema
Quando se tranca, e o cuco não responde


Por um instante morreu assentado 
sentiu o que desejava
Realizou para si, vívido, acordado
da abstinência e do vício.


Há folhas por todo, por todo o chão
mais fácil é jogá-las ao chão.
Impossível é parar ao momento, 
desocupar por outro instante suas mãos
E virar a página.


Caminharia errante o violinista por sua vida distante da sinfonia.
Assim como respira e inspira, o ar do violino está no arco de crina valiosa!
Seu Naipe, Spalla, este arduamente ocupa.


A corda arranhou
Sentiu resistir
Contato ao som
Atrito alfenim


Segura próximo ao peito. Arco marcou as mãos.
Promessa vai, de tempo sem fim
Acreditar que é capaz 
De arranhar corda aqui, corda ali...
Quatro delas. Fazê-lo sempre
e Para sempre.


Final.

sábado, 5 de maio de 2012

My life would...

_ Amor, doce amor, ligue a caixa de música, coloque aquele disco que costumávamos ouvir abraçados, vista aquele vestido vermelho, passe de novo aquele batom, não se importe com essa sua boca murcha, ainda me lembro, de ser um jovem meigo, desnorteado ao ver sua beleza.
_ É agora que bate na minha porta? Feche os olhos querido!

Eu me sentei na cadeira,
Esperando sua resposta
Até afundar o chão, não via o tempo passar
Imaginar estar com você, preenchia
O espaço... Preenchia
O tempo!

Nossas lágrimas eram gotejas de outubro,
Eram folhas que estavam mesmo para cair,
Esperando serem brotadas novas.

Vê o meu vestido vermelho?
Ele passa, ele perdeu suas linhas
Sabe, querido, a maturidade, é a reflexão...
Da falta dela!

Porque bate na minha porta?
Acaso está no leito de morte? Sozinho?
Por favor, não mate o seu orgulho.
Morra com ele.

Ainda ouço aqueles acordes mortos,
Aquelas velhas músicas que tocávamos
Eu não tenho o que dizer
Não tenho o que fazer
Somos apenas vultos, não

Droga alucinógena,
Me levava a um mundo de cores
Tirava de mim a sanidade
Eu abandonava o medo, seguia o mistério
Afinal, não é assim que o amor funciona.

Descobri, depois que me abandonou na cadeira
Que a liberdade, não é viver, como dizia
Era dizer: não! Sabe, o seu amor foi preenchido
Pela minha arte, vê minha casa, abarrotada de quadros?
São todos reflexos do seu amor. Você se dizia livre
Viveu suas aventuras, mas nunca foi livre de mim
Nunca disse não, agora, no seu leito de morte,
Renega ao seu orgulho.
Mate logo essa abnegação com você.
Hoje eu sou livre pequena flor... Não!

Sabe, tocarei essa música, e dançarei sozinha
Acompanhada pela solidão, a que me abraçou
Durante a sua liberdade momentânea
Que proveito se tira da dor afinal? São as experiências?
NÃO! A dor, não é nada mais, do que a vantagem!

_ Mas querida, eu nunca te abandonei, eu queria viver, hoje volto para você, afinal, o nosso amor não era eterno?

_ Querido, tudo precisa de raízes, mas se não cuidada, a flor murcha. Não vê? Suas escolhas estão nas entrelinhas, se é eterno, por que fez essa troca injusta pela liberdade? Se quisesse liberdade, permaneceria comigo, e diria não a vida, e sim ao que sentia ser eterno. Mate esse orgulho com você logo, eu não te amo mais, o que era eterno, se tornou lembrança, afinal, nem a sua liberdade é eterna. Querido... Abra os olhos, e veja, meus lábios, minha feição, ela mudou, assim como as coisas ao nosso redor, você não me reconhece mais, você é apaixonada por aquela jovem, não me viu amadurecer, não me viu pintar, não me viu me tornar o que sou, aquilo, era só uma parte de mim, um vulto. O tempo é pesado, o tempo é passageiro e eterno, o tempo é infragmentado, porém, é um fragmento.







"Mais um momento, vejo um amor meu ser morto, sabe, aprendi com o tempo, de que me alimentei das coisas certas, de que me aprofundei nos desejos certos, tudo o que coloquei sobre minhas costas, eram pesos maliciosos, feitos para que eu carregasse para os outros, empurro eles em mim mesmo, bebo a sanidade, visto meu vestido mais belo, e danço com os meus quadros, porque, a solidão, é a liberdade, é o preço, porém, o pagamento"

Um drinque de sanidade!

Ele sabia, que era com seus punhos fracos que amassava as rochas, ele sabia que os escritores não usavam do papel para ser um escape da tristeza, pelo contrário, ele sabia que eles sonhavam em tempo e fora de tempo, por uma tristeza desnorteante, que arranque o senso deles, até que soltem tudo em um pequeno verso de ternura, controle, porém ódio. Mas ele se perdeu nos seus próprios enigmas confusos, ele andava em linhas retas, bebia todas as noites sobriedade, e sempre tentava se esquecer de esquecer, ora era noite, ora era dia, mas não chegava o momento, em que algo o tirasse da sua paz, até, que teve de digerir todas as suas dores, para ter sua tristeza pessoal. Será que não sabemos? A dor é um vício maior do que o amor. Porque a dor é o reflexo do amor próprio, aquele que incentivamos dês de que aquela que te amamenta, ri da sua queda.
Mas ele hoje, acordou, e com toda a felicidade, desenhou flores no vento, e dançou com elas, e depois de um longo dia de cores, ele finalmente se deitou, e viu, que sua "arte" era boa. Porque queremos passar que somos maduros, porque perdemos a nós mesmos no caminho? Voltemos a ser aquela criança de pintura doce, façamos da nossa arte, um sol, que consegue sorrir, um campo alegre, façamos das nossas palavras, contos imaginários, de formigas trabalhadoras, porque, a maturidade, é apenas a falta dela, sabemos nós, que, no leito da vida, estaremos só, sem poder voltar em tempos remotos, e tomar outras atitudes, não podemos trocar mais nada... pobre sanidade... pobre sanidade, vire-se em meu copo!