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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Paper Scape

Paper Scape



Ele tenta desenhar o próprio céu
Ele quer as nuvens densas sobre si
Ele procura o cinza e o cobre lá do alto
Ele quer o firmamento em posição
Ele espera pela doce precipitação 
Ele deseja a densidade de cada pingo


Quer que todos se vão 
Ao mesmo tempo que
Torce para um laço forte
Espera que as mesmas gotas que o tocam, 
toquem outro alguém
Deseja que aquelas páginas
se emendem com o chuva densa
Hesita pela mais dura
clareza momentânea
Implora para que as folhas
não se equivoquem, mas que
reconheçam também
e com precisão
a precipitação de seus olhos


Deseja um minuto sobre teto seco
O borrar de sua grafia tensa
A ausência de linhas 
Que o escuro de seus próprios olhos
fizesse parte de mais uma
de suas mil e uma páginas vazias


Ele se senta alí, e espera por satisfação.

1 comentários:

  1. Eu gosto de continuar sentado, vendo prédios como macieiras gigantes, onde macacos vestidos de ternos, insistam em pular de um lado para o outro, mesmo que alguns políticos ficam esperando o dinheiro deles cair do bolso de um prédio para o outro, algumas lojas de peixe, que abrem a cabeça, retiram o cérebro, e colocam peixes, as que se chamam igreja da religião, templos pagãos, e um mar limpo, onde posso me afogar, junto com o lixo que vai embora em um passe de mágica. A bebida de sobriedade dói, é necessária, mas é bom ter escapes momentâneos.

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